É comum a apresentação da lealdade como grande qualidade na consciência. Em algumas personalidades, às vezes são consideradas até como heróis, e normalmente podemos observar manifestações destes traços: lealdade-orgulho-coragem. Mas, abordando cosmoeticamente, este trinômio pode ser drástico e causar grande problema para a consciência portadora destes traços. Seria quase uma bomba se eles não forem qualificados. Neste artigo trataremos da qualificação da lealdade, observando que esta ação leva ao inicio da autopacificação.
Homo Projector Andréia Almeida v. 02 n. 01 - JAN/JUN – 2015 (2015-01)
Crenças, dogmatismos, ideologias estão presentes nas diversas formas de pensamento. A noção abrangente de crença perpassa todas as demais, despertando o interesse por seu estudo, dada a sua influência sobre as ações humanas, com vistas ao entendimento dos confrontos políticos e religiosos que marcaram a cena mundial desde o século passado e se faz presente ainda hoje. Na atualidade, essas noções são associadas não somente à religião e à política, mas também à ciência, não obstante os procedimentos de justificação por ela utilizados. Compreender o processo de constituição da crença e combater a sua tendência a transformar-se em dogma ou certeza absoluta, a serviço do poder de pessoas ou de grupos, é condição para o avanço da democracia e expansão da liberdade. Nessa perspectiva, a autopesquisa conscienciológica, conduzida a partir do princípio da descrença, é apresentada como abordagem capaz de contribuir para a compreensão do fenômeno da crença, bem como gerar a autoconvicção vivenciada, apoiada na autoexperimentação e autocrítica, necessária às realizações de projetos pessoais e coletivos, e a abertura a novas verpons (verdades relativas de ponta) resultantes da expansão da autoconsciencialidade.
Interparadigmas Márcio Alves Ano 1 - N.1: Princípio da Descrença (2013)