A ciência convencional há algumas décadas discute a complexa relação entre o relativismo cultural e os direitos humanos, considerando que o relativismo tende a adotar uma postura de não julgamento e limitada intervenção em alguns contextos, enquanto os direitos humanos estabelecem alguns parâmetros universais para a realidade dos indivíduos independente da cultura. Este artigo, além de revisar conceitualmente esta discussão, incorpora a esta o conceito de Cosmoética, proposta pela Conscienciologia, demonstrando as intersecções com os paradigmas anteriores e ampliando a visão de entendimento e intervenção em diferentes contextos. Para tanto, será adotada a temática a respeito da mutilação genital feminina, procedimento ainda frequente em diversos países, e expostos os posicionamentos de cada paradigma sobre o tema.
Interparadigmas Patricia Gaspar Mello Ano 4 - N. 4: Diálogos Interparadigmáticos (2016)
Paz, Direitos Humanos e Democracia são os pilares civilizatórios contemporâneos, profundamente interconectados e originariamente interdependentes. Mais que um ponto de chegada, esses pilares definem melhor os caminhos a serem trilhados pelas sociedades, indicando os meios disponíveis mais adequados para construção de decisões públicas, coletivas, e para a solução dos seus conflitos. O alerta fundamental é não confundir a essência propositiva, emancipatória dessas três categorias com o uso meramente retórico, tragicamente desgastado nos discursos políticos internacionais – pior ainda quando são prometidos por meio de invasões, saques e bombas.
Homo Projector Gustavo Oliveira Vieira v. 02 n. 01 - JAN/JUN – 2015 (2015-01)